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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Os três caminhos da criatividade

Por Marcelo Cabral

Muita gente costuma dizer que já fez de tudo na vida. Mas poucos podem dizer isso com tanta convicção quanto o americano Bob Bejan. Formado em Artes Cênicas, começou a carreira atuando em peças da Broadway – e também como músico, cantor e compositor, inclusive criando um disco de rock para as Tartarugas Ninja – a voz original da tartaruga Michelangelo é dele. Daí para a vida executiva foi um pulo. No Vale do Silício, criou uma empresa que fez algumas das primeiras experiências com filmes interativos, antes de ir para a Warner Bros., onde se tornou responsável pela programação e monetização de filmes e programas de TV. Passou também pela Microsoft, onde ajudou a criar o comunicador MSN – desativado no Brasil há poucos dias – e começou a trabalhar com publicidade online. Hoje, Bejan é chefe de desenvolvimento da consultoria de relações públicas MSL e trabalha descobrindo meios de fazer a criatividade alavancar negócios para as empresas. Em entrevista à NEGÓCIOS, ele diz por que é tão difícil para as empresas estimular a criatividade e como foi bancar o Michelangelo para um estádio lotado em Nova York.
Todas as empresas falam muito em apoiar a criatividade, mas são poucas as que realmente fazem isso. Porque é tão difícil implantar processos criativos?
Existe uma combinação de coisas que dificultam a cultura criativa que é vital nas empresas. Em primeiro lugar, há problemas na criação de um ambiente adequado para a criatividade. Ser criativo exige disciplina e estrutura, mas não é a mesma coisa que construir um produto ou criar um serviço. É algo confuso e que exige um componente emocional que é difícil de ser entendido pelas empresas às vezes. Depois, existe também o elemento das pessoas realmente criativas, que são quase um tipo diferente de espécie. Fazer esse tipo de gente se sentir bem é um grande desafio para as companhias. É preciso que esses dois elementos estejam presentes dentro de uma estrutura para criar uma verdadeira cultura criativa. Isso exige foco e trabalho contínuo por parte das empresas.

Como criar essa estrutura na prática?
Eu não tenho certeza que exista uma maneira única de fazer isso. O que eu posso dizer é que você tem que gastar tempo e energia nisso. Todos os dias. Você precisa fazer a criatividade ser parte importante da sua organização, e as pessoas precisam saber que ela tem essa importância. E também é preciso ouvir as equipes, saber como elas estão lidando com esses processos e quais sugestões elas têm sobre como melhorá-lo.

Não é possível acordar um dia e dizer: “hoje eu serei criativo”. Como se incentiva as pessoas a exercitarem sua criatividade?
Existem três coisas que todos nós podemos fazer para cultivar a criatividade em nossa mente. O primeiro é tirar um tempo do dia para sonhar um pouquinho, para pensar livremente, sem se preocupar com as obrigações do trabalho. A segunda é experimentar coisas novas... criando o sentimento de ser “de fora” de uma atividade. Isto dá às pessoas novas perspectivas e isso é uma parte muito importante do processo criativo. Outra coisa a fazer é passar mais tempo com as pessoas que são mais jovens do que você. Isso ajuda a manter uma perspectiva fresca e a lembrar que tudo é possível.

Hoje as redes sociais são vistas como uma das minas de ouro para anúncios. O que você acha desse segmento?
Eu tendo a concordar. Mas a maior mudança na publicidade é que, agora, você tem obrigatoriamente que entregar algum tipo de valor. Por que senão as pessoas não irão ficar indiferentes: elas vão ficar bravas, o que pode ser grave principalmente com o alcance das mídias sociais. Não dá mais para vender “hype”, é preciso entregar valor.

Quais canais de mídia possuem potencial para explodir nos próximos anos? Que novos recursos interativos estão sendo estudados? 
Acho que estamos entrando numa fase de evolução, com uma sofisticação crescente dos elementos que temos em jogo agora. Há muito espaço para avançarmos em mobilidade e computação social, e também na maneira como entregamos conteúdo personalizado e contamos histórias. Para mim, veremos um período do que eu chamo de “ajuste e acabamento”: coisas que já existem, mas cada vez melhores. Dito isto, acho que a tecnologia que você veste está chegando muito perto. Acho que veremos uma explosão de coisas como o Google Glass e outros elementos de inteligência tecnológica construídos em coisas que podemos usar no nosso dia a dia.

Como vê a situação dos jornais impressos? Estão mesmo fadados a desaparecer ou existe futuro para eles? 
O noticiário continuará vivo, como sempre. Mas eu acho que a ideia de algo impresso em papel vai se tornar uma coisa do passado. Em todo o mundo estamos lidando com a questão dos recursos e sustentabilidade. Parece que não podemos dar ao luxo de continuar a usar o papel dessa forma por muito mais tempo.

Como se sente vendo o MSN Messenger desaparecer e ser substituído pelo Skype? Ele havia mesmo chegado ao limite de suas possibilidades?
A internet continua evoluindo e se transformando à medida que amadurece. Da minha perspectiva isso é emocionante, porque em todo o mundo digital tudo aquilo que experimentávamos em meados dos anos 90 está se tornando realidade. Quando você olha para as mídias sociais, percebe que a dinâmica é a mesma que havia nos fóruns e nas comunidades daquela época. Tudo o que existe hoje é o que se queria fazer desde o início da internet, mas que era limitada por uma questão de velocidade de acesso e navegação na rede.

Você também trabalhou com cinema, na Warner. Como vê o futuro para os filmes convencionais frente à pirataria e à internet?
Eu AMO os filmes e acho que as pessoas sempre irão ao cinema. Haverá sempre a necessidade e a demanda de contar histórias lineares e mostrá-los em telas enormes, em grandes salas escuras. Como seres humanos, nós amamos essa experiência. Mas existem muitas outras possibilidades de contar e vivenciar histórias. Quando o cinema foi inventado, todos diziam que ele ia matar o teatro, e isso nunca aconteceu. Cerca de dez anos atrás eu trabalhei em um projeto de filmes interativos para salas de cinema. Ele estava à frente do seu tempo e esbarrou em algumas limitações tecnológicas. Mas à medida que a tecnologia evoluiu, acho que será cada vez mais viável fazer com que as pessoas realmente participem e interajam com os filmes. Continuo esperançoso com esse setor.

Como foi a experiência de fazer a voz do Michelangelo em um disco das Tartarugas Ninjas? 
Eu tive sorte o suficiente para receber a missão de transformar os personagens em uma banda de rock. Eu fiz a voz do Michelangelo, escrevi todas as músicas e letras e ainda criei o show que eles faziam ao vivo, em uma turnê que percorreu o mundo e durou quase três anos. Eu só tinha 29 anos na época e uma das minhas melhores lembranças é cantar o hino nacional americano com a voz do personagem no estádio dos Yankees (em Nova York) lotado, enquanto um ator vestido de Tartaruga Ninja dublava na frente dos microfones. Como foi? Foi incrível!

terça-feira, 16 de abril de 2013

The Key to Creativity and Productivity

By Issie Lapowsky


Brainstorming sessions often begin with the assertion that there's no such thing as a bad idea.

That sounds lovely in theory, but research has shown that it's lousy for productivity. Teams produce many more ideas when team members are encouraged to challenge one another in a debate setting, according to a 2004 study published in The European Journal of Social Psychology.When participants were instructed to debate, they produced far more solutions to a given problem than when they were instructed not to. The debate group also produced more ideas after the brainstorming session was over.

"Debate makes people diverge, so it reduces conformity," says co-author Jack Goncalo, a professor of organizational behavior at Cornell University. "It also fosters competition." Goncalo notes, however, that excessive competition can stifle productivity. "There's a point of diminishing return," he says. "A little bit of competition is good. Too much can get out of control."

That's particularly true when you have several dominant personalities on one team. Organizational psychologist Richard Ronay of VU University Amsterdam addressed this topic in a 2012 study on links between productivity and hierarchy.

Ronay and his team first conducted a manipulation to put some subjects into a high-power mindset and others into a low-power mindset. Some subjects were asked to describe a time when they held power over another individual. Others were told to write about a situation in which someone had power over them. A control group wrote about a trip to the supermarket.

The subjects were then divided into three types of groups: all high-power, all low-power, and a mix of high-power, low-power, and control subjects. The members of each group played a collaborative word game designed to show how well they worked together. It turned out that the mixed-power groups were nearly twice as productive as the high-power groups in any task that required collaboration.

The takeaway: Top performers won't necessarily work well as a team. Similar trends have been observed among NBA players and Wall Street analysts, two communities with fierce status competition and a preponderance of Type A personalities. "When you have too many star players on one team, it promotes status conflicts within the team, which kills the performance," says Ronay. "You can't have a group made up of all leaders. You need some people who are prepared to defer."

quarta-feira, 27 de março de 2013

6 atitudes que matam a criatividade

Homem olha diferentes tipos de lâmpadas
Por Camila Pati

Em um mercado em que a competitividade é palavra de ordem, a criatividadedesponta como diferencial de peso para quem quer subir alguns degraus na carreira.

E, se muitos mitos ainda rondam o tema é certo também que há atitudes que neutralizam ou até mesmo aniquilam qualquer capacidade criativa no ambiente de trabalho. Veja quais são elas, na opinião de dois especialistas consultados:

1 Ficar preso à rotina
“É muito difícil ter uma vida totalmente igual e gerar ideias ao mesmo tempo”, diz Conrado Schlochauer, sócio-diretor do LAB SSJ, consultoria de educação corporativa. Buscar novas referências, conhecer pessoas novas, visitar lugares diferentes estimulam a criatividade, daí o problema de ficar preso ao hábito.
“A rotina é importante para adquirir a excelência, um jogador de basquete precisa treinar várias vezes até aprender uma jogada, mas, se ele faz sempre os mesmos lances, vai ficar previsível”, explica Silvio Celestino, da Alliance Coaching.Uma pessoa que faz da sua rotina o seu modo de vida torna-se anacrônica, na opinião de Celestino. “É alguém que vive no passado”, diz. 
A busca de referências é a regra de ouro para os criativos. “Falar para abrir a cabeça pode parecer clichês, mas funciona”, diz Schlochauer.
 2 Ter medo de errar
Se a educação escolar sempre reforçou a ideia de que existe apenas uma resposta certa, basta deixar os bancos da sala de aula para perceber que não existe verdade absoluta. “A vida não é assim. Não existe um único caminho correto”, lembra Schlochauer.
O medo de errar, diz ele, é péssimo na medida em que faz você convergir para uma solução rápida demais. “Sem dedicar tempo para buscar alternativas”, explica o sócio-diretor do LAB SSJ.
Geralmente esse pavor do erro acomete os mais perfeccionistas, diz Celestino. “São aqueles profissionais que já querem fazer certo logo da primeira vez, e, por isso, só fazem aquilo do qual têm certeza”, diz.
O risco é fazer pouco, não sair do protocolo. “É um medo paralisante e uma limitação enorme para a criatividade”, explica Celestino.
3    Sofrer da “síndrome do apego à primeira ideia”
Você se propõe a pensar em novas ideias e trazer um pouco de inovação para o expediente. Mas, assim que aparece a primeira, você para e já começa a traçar um plano de implementação.  Para Schlochauer, isto é um erro.  “Para ter boas ideias é preciso listar muitas ideias”, diz.
Ele se apoia também em uma das premissas do método do brainstorming, inventado pelo publicitário Alex Osborn, no fim da década de 1940. “Uma das regras oficiais é que a quantidade de ideias é mais importante do que a qualidade”, diz o especialista.
Celestino vai além. Para ele, além do apego à primeira ideia, ficar restrito ao primeiro conhecimento adquirido sobre determinado assunto também prejudica a capacidade criativa. “É preciso saber que há linhas pensamento e o ideal é conhecer o máximo possível destas linhas para só então decidir qual é mais adequada para aquele momento”, diz. De acordo com ele, é frequente a estagnação na primeira ideia ou no primeiro conhecimento. “As pessoas acreditam que aquilo é a única verdade”, diz.
4     Manter o foco na realização
A demanda surge você executa, novas tarefas aparecem e você realiza. “É o ‘fazedor’, aquele que pega a tarefa do jeito que ela vem e já começa a estruturar, sem pensar em alternativa”, descreve Schlochauer.
Isso acontece porque muitas vezes as pessoas não acham que criatividade tenha a ver com elas, ou por não serem criativas ou porque não estão alocadas na área de criação de uma empresa.  “Isso é um erro. Criatividade tem relação direta com a capacidade de resolver problemas, ou seja, buscar alternativas para solucionar questões”, explica.
“O risco de manter o pensamento focado na execução é que você só responde à pergunta 'o que fazer'. E não sabe qual o propósito daquilo”, diz Celestino.
5     Ficar à espera da ideia genial
Ao decidir apostar na sua capacidade criativa, o pior que você pode fazer é censurar ideias só porque você não as considera geniais.   “É mais importante ter boas e constantes ideias do que ficar esperando pela ideia de gênio”, diz Schlochauer.
 A viabilidade prática de uma ideia é, muitas vezes, o quesito mais importante do processo criativo. “É importante pensar em qual a melhor ideia possível em um prazo determinado”, diz Celestino.
Para ele, ser criativo dentro de uma empresa é ser criativo dentro das limitações existentes. “Se a ideia genial não será implementada dentro do prazo, parta para a segunda melhor ideia e, se não der, aposte na terceira melhor ideia”, recomenda Celestino.
6    Nunca ter tempo
A correria do dia a dia pode ser uma das maiores inimigas da sua capacidade criativa. “A busca pela eficiência é fundamental, mas é também necessário deixar espaço para as boas ideias”, diz Schlochauer. O tempo de reflexão é precioso para quem quer ter boas ideias. “Essa coisa frenética não deixa espaço para criação”, explica.
“É preciso ser uma pessoa de ação, mas entre uma ação e outra precisa haver reflexão”, concorda Celestino.   O problema do tempo enxuto para desenvolver projetos no trabalho é justamente esse: agir sem pensar. “Quando você não reflete, não acha soluções novas, isso acaba destruindo o potencial criativo”, diz Celestino.


segunda-feira, 18 de março de 2013

4 Ways To Amplify Your Creativity



By Bruce Nussbaum

The holidays are over, the weather is lousy, and we’re sober again. We made all kinds of New Year’s promises, but the big one that will change our careers, if not our lives, is the promise to ourselves to become more creative. In my new book, Creative Intelligence, I show that creativity is learned behavior that gets better with training--like sports. You can make creativity routine and a regular part of your life. That’s true for big companies as well as small startups, corporate managers as well as entrepreneurs. Creativity is scalable.

The huge national policy storm brewing over “dwindling innovation” and an “innovation shortfall” also gives creativity an even greater agency. Creativity is the key to generating economic value and getting the U.S. economy to grow fast again.

So here are four specific ways to lead a more creative life and boost your creative capacities. Creativity is not about blue rooms and brain waves but about social engagement and mining the existential. Here’s what you can do.

1- Assemble a creativity circle

Nearly every creative entrepreneur, artist, musician, engineer, sports players, designer, and scientist works with one, two, or a handful of trusted people, often in a small space. Sometimes they work on just one project but often a series of projects over time. They energize, complement, and spark each other and together and create something of value that didn’t exist before. From the Rolling Stones to Thomas Edison, this is how creativity works. This is how Apple works.

So you need to engage with creative people. Ask yourself, among your friends and colleagues, who is the most creative? Who brings out the most creativity in you? How does it happen? Reflect on that. Take time to think about it. And add to your creativity circle if you need to.

Managers need to identify and promote the creative circles within their organizations. The pyramid is the accepted geometric organizational structure of most businesses and organizations. We’ve spent decades “flattening” the hierarchy of the pyramid to boost efficiency. But to raise an organization’s creative capacity, we need to replace pyramids with circles. Identifying, promoting, and managing those creative circles is a key skill they should teach in B-Schools.

2- Belong to a pivot circle

Successful creativity requires scaling your new concept into an actual product. You have to pivot from creativity to creation. To do that, you need to find the resources to transform your concept into reality. We call them general managers, patrons of the arts, professors, lab chiefs, sports coaches, and, these days, crowdfunders. I like to call them “wanderers,” people (or smart crowds) experienced enough to screen new ideas, pick those likely to succeed, and provide the resources to try them out. People need to belong to pivot circles at work and in their regular lives to make their creations real. What pivot circles do you belong to? Who are the wanderers in your life? Family, friends, Kickstarter--who can identify your best creative ideas and help scale them into reality?

Managers need to identify and empower the wanderers inside their organizations. Who is designated to search out the creative possibilities being offered up in your businesses? How do they make their decisions? What resources are they providing? Who do they report to? The Six Sigma black belt is the hero of efficiency in most corporations. To increase creativity, a new corporate hero must be born.

3- Conduct a creativity audit

Creativity is relational. Its practice is mostly about casting widely and connecting disparate dots of existing knowledge in new, meaningful ways. To be creative, you’ve got to mine your knowledge. You have to know your dots.

We are used to thinking about the dots of knowledge that come from spending 10,000 hours on practice or study. Learned knowledge from immersion is extremely important to knowing. But look around at the world of startups and you see that the knowledge we embody as members of groups--demographic, cultural, national, linguistic--is often more important than what we’ve studied and learned. Embodied knowledge, especially for young people, can provide critical dots that we can connect to new technologies and new situations to provide meaningful solutions to the problems in our lives.

So take a moment to take a creativity audit. What do you really know that might be of value? What does your generation, your group, your family, your hobbies, your obsessions give you that might connect to new technologies or other bits of knowledge that might lead to something new? Ask your trusted friends to hold up a mirror to your possible creativity.

Managers should do creativity audits within their own organizations. What is inside that might lead to something new and valuable. What are your generational and global assets--what do they know that might be of value if mixed, shaken, and stirred, especially with social media technology? The easy part is auditing the formal spaces for innovation--labs, new product groups, R&D. Harder but possibly more productive are the informal groups working under the radar on weekends and at night. Or just the rare birds with unique backgrounds and knowledge, learned and embodied. Do you know them?

4- Map your creativity

Being creative means leading a creative life. We need to reflect on what we do, with whom we engage, how we act in order to increase our creative capacities. One easy way is to keep a creativity journal and map our creativity. Take a few days, a week, or a month and write down what you do, where you go, and with whom you spend your time. Map out where and with whom you get your “best” ideas? Which coffeehouse do you go to in order to be alone to think? Where do you get coffee to meet people? Where do you go for inspiration and provocation? A creativity map can reveal your process of creativity. Or it can show the banality of your life and why you should change it.

Managers can do creativity maps of their organizations, both formal and informal. Network mapping, increasingly popular in big corporations, is a first step. Creativity mapping takes the effort further by giving purpose to people’s linkages. Most networking is about making mobility alliances--job-hopping to other places or promotions. Creativity mapping is about finding people to join your circles of creativity and pivoting. It’s about creating new economic value.

Creativity is deeply undervalued in America today outside a tiny few university and business enclaves. Only 9% of all public and private do any sort of innovation. Our best schools teach the tools of efficiency and analysis. Yet we know that creativity increasingly is the greatest value-generator. It separates those who can deal with change and chaos and those who can’t. So we all need to build up our creative capacity. Building these four competencies can help get you there.

Fonte: Fast Company

quarta-feira, 13 de março de 2013

4 Ways to Train Your Brain for Positivity



Not a natural optimist? Use these simple exercises to train your brain to more easily pick out the positive.

By Jessica Stillman


You know how when you play Tetris for awhile, even after you stop, you can still see those little falling blocks in your mind's eye?

The persistence of Tetris isn't simply an annoying effect of a cleverly designed game, according to scientists. Instead it's a reflection of something deeply positive about our brains--their plasticity.

That's a according to a recent post by iDoneThis founder Walter Chen on productivity blog buffer. He cites studies on Tetris (yes, there is such a thing, and yes, this is going somewhere helpful to non-video game addicted entrepreneurs), which found that playing the game for a few hours a week over a period of months, actually changed the brains of players.

"Every time you reactivate a circuit, synaptic efficiency increases, and connections become more durable and easier to reactivate," Chen writes, before summarizing the importance of the findings: "Whenever you do specific tasks over and over again, they take up less of your brain power over time."

Learning Positivity

That's probably not a shock to anyone who has learned to play the piano, speak a foreign language or even hit a tennis ball roughly where you want it to go. So what's the big deal? This same brain plasticity allows you to master simple skills or sports, also allows you to train yourself to be more positive.

Chen quotes Shawn Achor, the author of The Happiness Advantage who has previously spoken about his work on the brain and happiness to Inc. Just like we can train our brains to more easily recognize the patterns of Tetris, “we can retrain the brain to scan for the good things in life—to help us see more possibility, to feel more energy, and to succeed at higher levels,” Achor says, dubbing this ability "the positive Tetris effect."

Happiness Homework

So how do you do this?  Chen offers four very simple interventions that can, over time, actually rewire your brain to see things more positively:
  • Scan for the 3 daily positives. At the end of each day, make a list of three specific good things that happened that day and reflect on what caused them to happen. The good things could be anything — bumping into an old friend, a positive remark from someone at work, a pretty sunset. Celebrating small wins also has a proven effect of powering motivation and igniting joy. As you record your good things daily, the better you will get and feel.
  • Give one shout-out to someone (daily). I love this technique. Take the positive things you’re getting better at recognizing and let people know you’ve noticed. Take a minute to say thanks or recognize someone for their efforts, from friends and family to people at work. A great way to go about this is by sending 1 daily email to someone. It can be your old school teacher, whose advice you are now appreciating every day. A co-worker or someone you’ve only met. Show courage and say thanks.
  • Do something nice. Acts of kindness boost happiness levels. Something as small and simple as making someone smile works. Pausing to do something thoughtful has the power to get you out of that negativity loop. Do something nice that is small and concrete like buying someone a coffee.
  • Mind your mind.  Mindfulness is paying attention to the present moment without judgment. Opening our awareness beyond the narrowness of negativity can help bring back more balance and positivity into the picture.
Looking for more details? Chen's post has much more on the science and what actually happens physically in your brain. You can also check out Achor's interview about how happiness affects brain function (hint: it doesn't make it worse), or get tips on how to reframe situations more positively in the moment from my colleague Geoffrey James. Finally, if you're looking to add more mindfulness to your day, check out this post on how many entrepreneurs incorporate meditation into their lives.

Fonte: Inc.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Criatividade, imaginação e inovação




Sir Ken Robinson, expert em criatividade, apresenta os três mitos da cultura de inovação

Sir Ken Robinson abriu sua palestra na HSM ExpoManagement 2012 afirmando que a maioria dos adultos passa a vida inteira fazendo algo de que não gosta. “Muitas pessoas não têm ideia de quais são seus talentos e acabam levando uma vida pouco gratificante”, avaliou o palestrante. Para ele, o talento faz parte da natureza humana como um recurso natural, mas permanece geralmente escondido sob a superfície. É preciso desenterrá-lo e saber o que fazer com ele.

Robinson contou que entrevistou o cantor Paul McCartney durante a pesquisa para seu novo livro. Perguntou ao ex-Beatle se ele gostava de música quando estava na escola. O cantor respondeu que odiava, e que o professor não pensava que ele tivesse talento. “Na verdade, aquele professor tinha um talento à sua frente e não percebia”, ponderou, questionando a plateia sobre a quantidade de talentos que as empresas precisam descobrir.

“A inovação das empresas talvez seja uma das prioridades estratégicas existentes”, afirmou. O professor explicou que a inovação é um subproduto da criatividade. “Para inovar, é preciso estimular a criatividade. Isso passa a ser imperativo. É essencial ter boas ideias todos os dias e sob demanda”.

Robinson acredita que as novas tecnologias mudaram a forma e o ritmo de estudar, pesquisar, comunicar-se e aprender, alterando também as expectativas dos seres humanos. “Estamos enfrentando desafios maiores, que são fruto do produto da criatividade humana. Portanto, precisamos ser mais criativos, e parte disso diz respeito à educação e ao modo como administramos as empresas”.

Para ele, os grandes líderes entendem que, se as condições forem ideais, o crescimento é inevitável. “Os líderes precisam entender a dinâmica do crescimento, e que a convergência entre neurociência, biotecnologia e genética serão primordiais para as novas gerações, uma vez que o impacto da revolução tecnológica é imprevisível”. O professor afirma que não conseguiremos prever o futuro, mas as organizações que conseguirem detectar inovações irão além do século 21.

Ken Robinson finalizou sua apresentação apresentando três mitos para o desenvolvimento da criatividade nas empresas:

Mito 1 – Só pessoas especiais são criativas
Todos têm potencial criativo, mas nem todos conseguem desenvolver essa competência. O que temos é uma cultura de inovação que deveria envolver a todos. Muitas organizações dividem as equipes em pessoas criativas e não criativas, e isso não deveria acontecer.

Mito 2 – A criatividade requer atributos especiais
Criatividade nada tem a ver com dons artísticos. Para Robinson, tudo o que envolve inteligência, envolve criatividade. Você pode ser criativo em qualquer área. É preciso envolver todos os cargos das empresas. “O Starbucks não inventou o café, mas a cultura de tomar café de modo diferente”, exemplificou.

Mito 3 - Ou você é bom ou não é
A inovação é uma questão de liderança. A empresa pode ser mais inovadora dependendo do estilo de liderança que apresenta. É preciso estabelecer um clima no qual as pessoas contribuam com ideias. É uma passagem do estado de comando e controle para o de controle climático. Um grande líder não precisa ter boas ideias, precisa criar um ambiente para que as pessoas tenham grandes ideias. “Inovar é colocar em prática boas ideias. É cultivar a imaginação”, finalizou.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Volte a acreditar em sua criatividade (Parte 2)




Por Tom Kelley e David Kelley
(continuação)
Medo de ser julgado
Se a criança que canta, rabisca e dança simboliza a livre expressão da criatividade, o adolescente desajeitado representa o oposto: alguém que se importa — e muito — com o que os outros pensam. Esse medo da opinião alheia se instala em questão de anos, mas permanece conosco a vida adulta inteira, não raro tolhendo o avanço profissional da pessoa. Na hora de aprender a esquiar, por exemplo, a maioria de nós aceita que os tombos vão ser presenciados por outros, até um ponto em que a prática começa a dar frutos. Não dá, no entanto, para arriscar nosso ego profissional da mesma forma. O resultado é a autocensura. Descartamos ideias potencialmente originais por medo de que o chefe ou os colegas testemunhem um eventual tombo. Vamos com soluções ou sugestões “seguras”. Ficamos na nossa — os outros que se arrisquem! Só que uma pessoa que está sempre se censurando não vai conseguir ser criativa.
Parar de se julgar já é meio caminho andado. Ouvir a própria intuição e dar vazão a mais de suas ideias (boas e ruins) significa que você já está progredindo na superação desse medo. Avance aos poucos, como fez o pessoal da cobra lá atrás. Se uma ideia passou por sua mente, não deixe que se perca. Registre tudo, de forma sistemática, em um caderninho especial. Instale um quadro branco, com caneta e tudo, no chuveiro. Programe espaços “em branco” na sua agenda diária, momentos reservados exclusivamente para pensar ou ir dar uma volta e divagar. Ao tentar gerar ideias, tenha cem como meta, não dez. Se suspender o próprio juízo, ao final da semana você ficará surpreso com a quantidade de ideias — e ideias boas — que teve.
Outra dica é mudar o discurso ao dar  feedback e incentivar seus colaboradores a fazer o mesmo. Na d.school, quando damos nossa opinião sobre alguma coisa, em geral abrimos a frase com algo como “Gostei/Achei bom que...”, para depois seguir com um “Gostaria que...”. É melhor do que dar um parecer desmotivante como “Isso aí não vai funcionar”. Frisar aspectos positivos já de cara e usar a primeira pessoa para dar sugestões é como dizer: “Esta é minha opinião, nada mais, só quero ajudar”. Com isso, o interlocutor fica mais aberto a suas ideias.
Há pouco, trabalhamos com a Air New Zealand para reinventar a experiência do cliente em voos longos. Por operar em um mercado regulamentadíssimo, companhias aéreas são conservadoras. Para superar a norma cultural do setor — que é de ceticismo e cautela —, partimos com um workshop para geração de ideias fora do comum. Fizemos protótipos de coisas ousadas (em certos casos, aparentemente inviáveis) sugeridas por executivos, incluindo cintos para segurar passageiros em pé, assentos voltados um para o outro em torno de uma mesa e até redes e beliches. Já que todos estavam fazendo o mesmo, ninguém temia ser julgado. Essa disposição a considerar ideias bizarras e a suspender o juízo fez a equipe ter uma ideia inovadora: o Skycouch, uma poltrona-cama na classe econômica. A princípio, parecia impossível conseguir a proeza sem aumentar a área ocupada (poltronas de primeira classe e classe executiva ocupam muito mais espaço). Mas foi possível, sim. Funciona assim: a poltrona do Skycouch tem uma seção estofada que, quando erguida (como se fosse um apoio para os pés), transforma o espaço em uma plataforma perfeita para duas pessoas deitarem lado a lado. Hoje, uma série de voos internacionais da Air New Zealand oferece a opção, que rendeu vários prêmios à companhia aérea.
Medo de dar o primeiro passo
Mesmo quando temos uma ideia criativa e a reconhecemos, tirar a coisa do papel traz seus próprios desafios. Em empreitadas criativas, o mais difícil é o começo. No caso do escritor, é a página em branco. No do professor, o início das aulas. No de executivos, o primeiro dia de um novo projeto. De modo mais geral, também estamos falando do medo de traçar um novo caminho ou de sair do ritmo de trabalho previsível. Para superar essa inércia, uma boa ideia não basta. É preciso parar de planejar e arregaçar as mangas — e a melhor saída, aqui, é parar de pensar na imensa empreitada como um todo e buscar uma parte pequena dela que possa ser abordada de imediato.
A escritora americana Anne Lamott resume muito bem essa ideia em uma história de sua infância. O irmão tinha de fazer um trabalho de escola sobre o tema “pássaros”. Mas só foi abrir o caderno na véspera. Estava quase chorando, aflito com o dever à sua frente, quando o pai veio e lhe disse: “Vai de pássaro em pássaro, filho. Um passarinho por vez”. Em um contexto empresarial, um empurrão para dar o primeiro passo seria se perguntar: qual o experimento que custa pouco? Qual a forma mais rápida e barata de avançar rumo à meta maior?
Outra ideia é estipular, para si mesmo, um prazo insano. Foi o que fez John Keefe, estudante da d.school e editor sênior da estação de rádio nova-iorquina WNYC, ao ouvir um colega se queixar de que a mãe, que usava o transporte público, vivia à espera de um ônibus sem ter ideia de quando o próximo chegaria. Se trabalhasse para a Secretaria dos Transportes de Nova York e seu chefe lhe pedisse para resolver o problema, em quanto tempo você prometeria ter um sistema instalado e operando? Seis semanas? Dez? John, que não trabalha na prefeitura de Nova York, pediu “até o fim do dia”. Conseguiu um número 0800, descobriu como acessar dados em tempo real sobre a frota de ônibus da cidade e ligou a informação a tecnologias de conversão de texto em voz. Em 24 horas, tinha criado um serviço que permitia ao passageiro ligar para a central, dar o número da parada de ônibus e ouvir a localização do próximo coletivo. John aplica essa mesma atitude destemida ao trabalho na rádio. “A meu ver, a melhor maneira de praticar o ‘design thinking’ é fazer, em vez de falar”, explica.
Outro exemplo da estratégia de começar de pouquinho vem de um projeto da IDEO para criar um novo painel para um carro de luxo na Europa. Para testar as ideias, os designers filmaram um carro na versão atual e, usando efeitos digitais, foram inserindo coisas novas no painel. Rápido, o processo de prototipagem consumiu menos de uma semana. Quando a equipe mostrou o vídeo ao cliente, ele riu. “A última vez que fizemos algo assim, construímos um protótipo de verdade, o que levou quase um ano e custou mais de um milhão de dólares”, contou. “Só então fizemos um vídeo. Vocês pularam a parte do carro e foram direto para o vídeo.”
Nosso mantra é “Pare de se preparar, entre em ação!”. O primeiro passo vai parecer muito menos intimidante se for pequeno e se você se obrigar a dá-lo já. Em vez de enrolar e deixar a ansiedade ir crescendo, comece a caminhar, aos pouquinhos, rumo à cobra.
Medo de perder o controle
Ter confiança não significa simplesmente acreditar que suas ideias sejam boas. Significa ter humildade para abandonar ideias que não estão funcionando e aceitar boas ideias dos outros. Quando deixa de lado a velha ordem das coisas e vai trabalhar de forma colaborativa, você sacrifica o controle sobre o produto, a equipe e a empresa. Mas o que ganha, em termos de criatividade, pode mais do que compensar. De novo, comece de pouco. Se estiver enfrentando um desafio complicado, tente convocar gente alheia ao tema para uma reunião. Ou, então, quebre a rotina de uma reunião semanal. Como? Deixando que o menos graduado dos participantes defina a pauta e conduza a sessão. Busque oportunidades de ceder o controle e de explorar perspectivas distintas.
Foi exatamente o que fez Bonny Simi, diretora de planejamento em aeroportos da companhia aérea JetBlue Airways, depois que uma tempestade de neve deixou o Aeroporto Internacional JFK, em Nova York, seis horas fechado em 2007, causando um pandemônio nas operações da empresa pelos seis dias seguintes. Todo mundo sabia que havia problemas operacionais a serem corrigidos, mas ninguém sabia exatamente o que fazer. Bonny, que acabara de fazer um curso na d.school, sugeriu que a JetBlue fosse buscar soluções nas bases da empresa, não na cúpula. Primeiro, reuniu, durante um dia, uma equipe de 120 funcionários da linha de frente: pilotos, comissários de bordo, pessoal de bagagem, funcionários de rampa, planejadores da tripulação e outros. Em seguida, listou suas ações para solucionar os problemas (em post-its amarelos) e desafios que enfrentavam (em post-its cor-de-rosa). No final do dia, essa força-tarefa tinha chegado a novos insights — e a um novo grau de determinação. A equipe distribuída passou os meses seguintes esmiuçando mais de mil post-its rosados para resolver de forma criativa cada problema. Ao admitir que as respostas estavam na coletividade, Bonny fez mais do que poderia ter feito sozinha. E, hoje, a JetBlue se recupera de grandes distúrbios bem mais depressa do que antes.
Nossa própria experiência com a plataforma de inovação aberta OpenIDEO é outro bom exemplo. Foi com medo que lançamos a empreitada: primeiro, porque iríamos deflagrar um diálogo público que podia rapidamente escapar ao controle; segundo, porque estávamos admitindo que não temos resposta para tudo. Mas, assim como a turma que se tratou com Albert Bandura, estávamos prontos para dar um salto maior — para tocar a cobra. E logo descobrimos os benefícios. Hoje, a comunidade OpenIDEO inclui cerca de 30 mil pessoas de 170 países. Pode até ser que nunca se encontrem em pessoa, mas juntas já fizeram a diferença em dezenas de iniciativas — de ajudar a revitalizar cidades em declínio econômico a testar protótipos de serviços de ultrassom para gestantes na Colômbia. Descobrimos que, independentemente do grupo ao qual a pessoa pertença ou no qual trabalhe, sempre há mais ideias fora do que dentro dele.
Para gente com origens tão diversas como as de Akshay, Ankit, John e Bonny, o medo — do desconhecido, de ser julgado pelos outros, de dar o primeiro passo, de soltar as rédeas — poderia ter bloqueado o caminho para a inovação. Mas não. O que os quatro fizeram foi trabalhar para superar seus medos, redescobrir sua confiança criativa e fazer diferença. É como disse certa feita o ensaísta húngaro György Konrad: “A coragem é o mero acúmulo de pequenos passos”. Não fique, portanto, parado na linha da largada. Deixe o medo de lado e comece hoje mesmo a praticar a confiança criativa. 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Volte a acreditar em sua criatividade (Parte1)





Por Tom Kelley e David Kelley
Ao nascer, a maioria das pessoas é criativa. Quando crianças, vivemos no mundo do faz de conta, perguntamos coisas bizarras, fazemos um rabisco qualquer e proclamamos que é um dinossauro. Mas, com o tempo, devido à socialização e à educação formal, muita gente começa a sufocar esses impulsos. Damos ouvidos ao juízo do outro, ficamos mais cautelosos, mais analíticos. O mundo parece se dividir entre quem é “criativo” e quem não é — e muita gente, de forma consciente ou não, aceita resignada o segundo rótulo.
Sabemos, no entanto, que criatividade é essencial para o sucesso em qualquer disciplina ou setor. Segundo uma sondagem recente da IBM com executivos do mundo todo, é o traço mais buscado em um líder nos dias atuais. Ninguém pode negar que a criatividade esteve por trás da ascensão e do triunfo de uma leva de empresas, de novidades como Facebook e Google a baluartes da indústria como Procter & Gamble e General Electric.
Muita gente se matricula na “d.school” (a escola de design da Stanford University, ou Hasso Plattner Institute of Design, foi fundada por um de nós, David Kelley) para desenvolver a criatividade. É a mesma razão pela qual clientes buscam a IDEO, nossa consultoria de design e inovação. Ao longo do caminho, contudo, descobrimos que nossa função não é ensinar essa gente a “ser” criativa. É, isso sim, ajudá-la a “redescobrir” a criatividade — a capacidade natural do ser humano de chegar a novas ideias e ter coragem para prová-las. Para tanto, sugerimos estratégias para a superação de quatro medos que seguram a maioria de nós: o medo do desconhecido, o medo de sermos julgados, o medo de dar o primeiro passo e o medo de perder o controle.
Falar é fácil, diria o leitor. Sabemos, contudo, que o ser humano pode superar até o mais profundo dos medos. Peguemos o trabalho de Albert Bandura, um psicólogo mundialmente conhecido, professor em Stanford. Em uma série de experimentos, Bandura ajudou gente que a vida inteira tivera pavor de cobras a superar a fobia. Como? Com uma sequência de contatos cada vez mais difíceis. Primeiro, a pessoa observava uma cobra protegida por um vidro. Quando habituada a essa situação, ia espreitar o réptil por uma porta aberta. Em seguida, via alguém tocar a cobra. Depois, ela própria, usando uma pesada luva de couro, encostava no bicho. No final — e depois de horas —, botava a mão direto no réptil, sem qualquer proteção. Esse processo de pequenas conquistas sucessivas é o que Bandura chama de “controle guiado”. Quem passou por ele não só se livrou de um medo paralisante, que até então julgava incurável, mas passou a registrar menos ansiedade e mais êxito em outras esferas da vida — e a encarar coisas novas que poderiam meter medo, como andar a cavalo e falar em público. Foi gente que passou a se empenhar mais, a perseverar por mais tempo e a exibir mais resiliência diante de reveses. A pessoa tinha conquistado uma nova confiança na própria capacidade de atingir as metas a que se havia proposto.
Nos últimos 30 anos, usamos essa mesma abordagem para ajudar indivíduos a superar medos que bloqueavam sua criatividade. A ideia é dividir o desafio em pequenas partes e, em seguida, ir criando confiança com a superação sucessiva de cada uma delas. Criatividade é algo que se pratica, não é só um dom que nasce com a pessoa. O processo pode causar certo desconforto no início. Mas — como descobriu quem tinha medo de cobra — essa sensação rapidamente se vai. No lugar, fica a confiança — e novos recursos.
Medo do desconhecido
No mundo empresarial, criatividade começa com ter empatia com o cliente (seja ele interno ou externo). Não é algo que se consegue sentado atrás de uma mesa. É gostoso ficar na sua sala — sabemos disso. Tudo ali tem o conforto do conhecido; a informação vem de fontes previsíveis, dados contraditórios são eliminados e ignorados. No mundo lá fora, a coisa é mais caótica. É preciso lidar com fatos inesperados, com a incerteza, com gente irracional que diz coisas que você não quer ouvir. Mas é aí que temos lampejos — e surtos de criatividade. Sair ao mundo em busca de conhecimento, mesmo sem qualquer hipótese a testar, pode abrir sua mente a novas informações e ajudá-lo a descobrir necessidades nada óbvias. Sem isso, a pessoa corre o risco de simplesmente ficar reafirmando ideias que já tem ou esperando que os outros — clientes, chefes ou até concorrentes — lhe digam o que fazer.
Na d.school, estamos sempre dando missões antropológicas do gênero aos alunos, para que saiam da zona de conforto e se joguem no mundo — até que, um dia, comecem a agir assim por conta própria. Vejamos o caso de um cientista da computação, dois engenheiros e um aluno de MBA matriculados em uma disciplina (batizada de Extreme Affordability) lecionada por Jim Patell na faculdade de administração da Stanford University. A certa altura, o quarteto percebeu que não daria para concluir o projeto — criar uma incubadora barata para bebês em países em desenvolvimento — vivendo no conforto de um lugar como a Califórnia. A turma tomou coragem e rumou para um lugar ermo no Nepal. Ao conversar em pessoa com pais e médicos, descobriram que os bebês que mais corriam risco eram prematuros que nasciam em lugares distantes de hospitais. Quem vivia em um lugar perdido do Nepal não precisava de uma incubadora mais barata no hospital — o que precisava era de um jeito confiável de regular a temperatura do prematuro quando não havia por perto um médico habilitado para tal. A informação levou a equipe a criar uma espécie de “saco de dormir” com uma bolsa com uma cera especial para guardar calor. O produto — batizado de Embrace Infant Warmer — custa 99% menos do que uma incubadora tradicional e é capaz de manter a temperatura adequada por até seis horas sem uma fonte externa de energia. A inovação poderia salvar milhões de prematuros e recém-nascidos com baixo peso todo ano. E isso só ocorreu porque os integrantes da equipe aceitaram se lançar a um território desconhecido.
Outro exemplo vem de dois estudantes, Akshay Kothari e Ankit Gupta, matriculados em outra disciplina do instituto de design, a Launchpad. O currículo da matéria exigia que criassem uma empresa do zero até o final do trimestre acadêmico de dez semanas. Os dois rapazes se descreviam como “geeks”: eram tecnicamente brilhantes, altamente analíticos e definitivamente tímidos. Mas optaram por trabalhar em sua ideia — um belo leitor de notícias para o então recém-lançado iPad — fora do campus, num café em Palo Alto, onde estariam rodeados de potenciais usuários. Passando por cima da timidez, Akshay abordou estranhos no café e pediu que testassem seu protótipo. Ankit criou centenas de pequenas variações do aplicativo para serem testadas a cada dia — alterando desde padrões de interação ao tamanho de botões. Em semanas, graças ao acelerado processo de iteração, a dupla chegara a um bom produto. “No começo, a reação das pessoas era ‘Que porcaria!’”, conta Akshay. “Depois, já queriam saber se o aplicativo vinha instalado em todo iPad.” O resultado — o Pulse News — foi elogiado em público por Steve Jobs na conferência mundial de desenvolvedores da Apple meses depois. Já foi baixado por 15 milhões de pessoas e é um dos 50 aplicativos originais no “Hall of Fame” da loja de aplicativos da Apple.
Não são só empreendedores e inventores de produtos que devem sair ao mundo. Altos gerentes também precisam do contato direto com gente afetada por suas decisões. No meio de uma intervenção de gestão que a IDEO fez para a ConAgra Foods, por exemplo, os executivos saíram do conforto das salas de reunião e foram explorar zonas pobres de Detroit onde alguém pode caminhar quilômetros sem ver um supermercado. Observaram em primeira mão a reação de moradores desses lugares a certos produtos alimentícios e falaram com um “agricultor urbano” que pretendia transformar terrenos baldios em hortas comunitárias. Segundo Al Bolles, vice-presidente de pesquisa, qualidade e inovação da ConAgra, esse comportamento hoje é comum na empresa. “Anos atrás, era difícil arrastar minha equipe executiva para fora do escritório”, conta. “Mas agora saímos, vamos até a casa do cliente para entender o que as pessoas realmente precisam.”
(continua...)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

5 práticas simples para estimular sua criatividade

Criatividade

Por Universia
O pensamento criativo pode trazer inúmeros benefícios, tanto para a sua carreira quanto para a sua vida pessoal. Entretanto, embora ele seja tão desejado, não é fácil de ser alcançado. Uma rotina estressante e apressada pode impedir você de acessar a sua criatividade, mas algumas práticas simples podem ajudar você a impulsioná-la onde quer que você esteja. Confira 5 dicas rápidas para ser mais criativo.
1. Seja positivo: segundo o estudo “The Progress Princple: Using Small Wins to Ignite Joy, Engagemente and Criativity at Work”, existe uma conexão definitiva entre as emoções positivas e a criatividade. Os participantes do estudo apresentaram 50% de aumento nas ideias criativas nos dias em que reportaram humor positivo. Ou seja, quanto mais positividade uma pessoa apresenta no seu humor, mais criativo será o seu pensamento ao longo do dia.
2. Não faça brainstorms: embora trabalhar em grupo possa render boas ideias, a pesquisa “Quiet: The Power of Introverts in a World That Can’t Stop Talking” mostrou que as pessoas produzem mais quando estão por conta própria do que quando precisam trabalhar em grupo. Além disso, o estudo mostrou que elas produzem ideias com qualidade mais alta trabalhando individualmente.

3. Tome um banho ao acordar: a pesquisa “Imagine: How Creativity Works” aponta que quando a mente está relaxada é mais fácil dirigir o centro das atenções para dentro, para o fluxo de associações remotas que emanam do hemisfério direito do cérebro. O banho, por seu poder de relaxar os músculos, acelera esse processo. Por isso é tão comum ter insights criativos durante os banhos quentes.
4. Faça algo habitual: de acordo com pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, fazer algo com o que você já está acostumado, como caminhar, tirar um cochilo ou mesmo lavar a louça, permite que você acesse, de maneira inconsciente, as informações periféricas que o seu cérebro não consegue acessar durante um estado intenso de foco.
5. Não tente se organizar: a pesquisa “Imagine: How Criativity Works” mostrou também que um dos melhores momentos para insights criativos é o primeiro da manhã, logo que você acaba de acordar. Isso acontece porque o cérebro sonolento é desorganizado, aberto a todos os tipos de ideias não convencionais.