A BR-101, em Pernambuco, foi apontada por uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento e da Fundação Dom Cabral como a rodovia campeã em acidentes com morte no Brasil.
O estudo, desenvolvido em 2009, concluiu que o trecho entre os quilômetros 51 e 100 é o mais perigoso de todo país, com uma média de 5,7 acidentes com mortes a cada mil veículos que circulam por dia.
No Estado, a BR-101 atravessa cinco municípios da Região Metropolitana do Recife, inclusive a capital. A estrada passa por zonas industriais e comerciais de movimento constante de pedestres e veículos.
De acordo com os dados deste ano, atualizados até o dia 21 de novembro, o trecho entre os quilômetros 51 e 100 da BR-101 representa apenas 2% da malha rodoviária federal de Pernambuco. Apesar de pequeno, ele é responsável por 30% dos acidentes.
Recentemente, algumas áreas receberam uma camada de asfalto, mas a estrada ainda está longe de oferecer segurança e tranquilidade aos motoristas.
Em muitos trechos, os acostamentos são estreitos e estão cobertos de entulhos e buracos. Em um ponto, a pista cedeu com a chuva e restaram apenas alguns pedaços de madeira e uma tela de plástico, que separam os motoristas do risco de um grave acidente.
Além da má conservação da estrada, para a Polícia Rodoviária Federal, há outros motivos que levam a um índice tão alto de acidentes.
“O abuso de velocidade faz com que os carros, quando colidem, provoquem danos mais severos aos ocupantes. A distração e a bebida alcoólica também, mas podemos resumir que o excesso de velocidade e a imprudência são os fatores que mais geram acidentes graves”, afirma o assessor da Polícia Rodoviária Federal, Éder Rommel.
Na última terça-feira (22), o Governo do Estado apresentou o projeto de criação do Arco Metropolitano, que vai sair de Itamaracá e passar pelos municípios de Itapissuma, Igarassu, Abreu e Lima, Paudalho, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Moreno, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, indo até o Porto de Suape.
“Seria uma via que começaria antes do quilômetro 51 e terminaria depois do quilômetro 100. Aí os motoristas, principalmente os veículos pesados, que causam mais riscos nesse trecho, passariam por fora, aliviando o fluxo nessa região do Recife”, explica o policial rodoviário federal.
Fonte: G1 PE
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