segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Acaba de sair da linha de montagem da Volks a Kombi de número 1.500.000

por Mauro Cassane / Editor do Portal

O único veículo feito no Brasil que, há mais de dez anos, dispensa propaganda é a Kombi. Quem, com mais de 30 anos, nunca andou na velha perua que nos anos 1980 era a rainha das lotações? Hoje é data especial para um grupo de 736 funcionários da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo. Eles são responsáveis pela produção do veículo e fazem, em dois turnos, 145 unidades por dia. Exatamente nesta sexta-feira, dia 25 de novembro, o turno da manhã finalizou o veículo de número 1.500.000.

Um marco e tanto para o veículo de maior longevidade na história da indústria automotiva mundial. Lançada no Brasil em 1957, a Kombi foi o primeiro modelo feito pela Volkswagen no mercado nacional. E agora estes modelos só são produzidos por aqui. E para quem pensa que consumimos “carroças” é bom lembrar que os ingleses ainda importam uma boa quantidade de Kombi “made in Brazil”.

Sucesso de vendas desde que foi lançado no Brasil, o modelo teve 370 unidades emplacadas no primeiro ano de produção. Com cinco anos de mercado (de 1957 a 1961), a Kombi já acumulava 41.083 unidades comercializadas no País. Cinco anos depois (até 1966), esse volume mais do que dobrou, passando para 110.599 unidades acumuladas desde 1957.


Comemoração na fábrica da VW, e "aniversariante" de branco

O marco de 500.000 unidades comercializadas foi alcançado em junho de1977. Naquele mês, as vendas acumuladas da Kombi desde o seu lançamento eram de 502.752 unidades. Em 1995 foi vendida a unidade de número 1.000.000 da Kombi. Em junho daquele ano, o modelo contabilizou 1.005.250 unidades comercializadas no mercado nacional, desde o seu lançamento.

Ao longo dos seus 54 anos de produção no Brasil, o veículo acumulou 1.404.083 unidades vendidas (data de 1957 a outubro de 2011). Atualmente, responde por 3,3% do segmento de comerciais leves, com 20.917 unidades comercializadas no acumulado entre janeiro e outubro deste ano.

Atualmente, a Kombi está disponível em quatro versões: Standard (9 passageiros), Furgão (2 ou 3 passageiros), Lotação (12 passageiros) e Escolar (15 passageiros).

Uma trajetória de sucesso

A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 40, que pretendia incluir o confiável conjunto mecânico do Fusca em um veículo leve de carga. A produção do modelo começou na Alemanha em 1950. O destaque era a carroceria monobloco, a suspensão reforçada e o motor traseiro, refrigerado a ar, de 25 cv.

Em 1957 foram fabricadas as primeiras unidades no Brasil. Com um índice de nacionalização de 50%, a Kombi tinha motor de 1.200 cm³ de cilindrada. Menos de quatro anos mais tarde chegou ao mercado o modelo de seis portas, nas versões luxo e standard, com transmissão sincronizada e índice de nacionalização de 95%. A versão pick-up surge em 1967, já com motor de 1.500 cm³ e sistema elétrico de 12 volts.

A trajetória internacional da Kombi se inicia com a história das exportações da Volkswagen do Brasil nos anos 70 para mais de 100 países. Os principais mercados externos da Kombi foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.

No Brasil, em 1975, com uma reestilização, a Kombi passa a ser equipada com o motor 1.6L e, três anos mais tarde, o modelo ganha dupla carburação. O motor diesel 1.6, refrigerado a água, surgiu em 1981, mesmo ano do lançamento das versões furgão e pick-up com cabine dupla. No ano seguinte surge o modelo a álcool e em 1983 a Kombi apresenta painel e volante novos, além da alavanca do freio de mão, que sai do assoalho e passa para debaixo do painel.

As versões a diesel e cabine dupla incorporaram novidades e itens de conforto como cintos de segurança de três pontos, bancos dianteiros com encosto de cabeça, temporizador para o limpador do para-brisa, entre outros. Ambas deixaram de ser produzidas em 1985. Sete anos depois a Kombi ganhou conversores catalíticos de três vias, sistema servo-freio, incluindo discos na frente e válvulas moduladoras de pressão para as rodas traseiras.

Uma versão mais moderna chegou em 1997 com o nome de Kombi Carat, apresentando novas soluções, como teto mais alto, porta lateral corrediça e a ausência da parede divisória atrás do banco dianteiro. As mudanças foram realizadas sem abrir mão da versatilidade e da economia exigidas por seus fiéis consumidores.

No final de 2005, a Kombi passou a ser equipada com o motor 1.4 Total Flex (arrefecido a água), até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do que o antecessor refrigerado a ar. Com o novo motor, a Kombi desenvolve potência de 78 cv quando abastecido com 100% de gasolina e 80 cv, com 100% a etanol.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

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