segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Logística rodoviária recebe bilhões

Os projetos estruturadores em implantação no Brasil não devem trazer transtornos ao sistema logístico rodoviário. Pelo menos, é o que acham os grandes gestores das montadoras de transportes de cargas, principalmente caminhões, com atuação no Brasil.

A maioria delas, inclusive, garante que investiram bastante no setor até este ano. Para os próximos, divulgam, em mais de um caso, investimentos que passam de R$ 1 bilhão.

A indústria naval, por exemplo, reaparece para tornar a logística de portos brasileiros como a solução mais sustentável em médio e longo prazos. Só em Pernambuco, quatro estaleiros anunciaram implantação no Complexo Industrial Portuário de Suape.

E os novos navios devem colaborar para a marca de 30 mil toneladas de carga movimentadas no Porto em 2013. Além disso, e no mesmo ano, a Ferrovia Transnordestina chegará a Suape levando grãos e de onde entrarão contêineres e cargas para todo o Nordeste.

Apesar disso, o diretor de Assuntos Corporativos da Ford América do Sul, Rogelio Golfarb, acredita na soberania dos transportes terrestres em rodovias. “Não só no Brasil o modal rodoviário deve continuar predominando. E por muito tempo”, destacou. “Vemos no negócio de caminhões algo sustentável para a logística”, pontuou, na semana passada, durante o Salão Internacional de Transportes (Fenatran), que aconteceu até a última sexta-feira no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

“Tanto acreditamos no segmento que, até 2015, investiremos R$ 455 milhões em modernização da fábrica, aumento da capacidade e desenvolvimento de novos produtos. Só para 2012, colocaremos 12 novos modelos no mercado, contemplando a nova legislação para emissão de poluentes (Euro 5), que entra em vigor em janeiro”, completou o presidente da Ford Brasil, Marcos de Oliveira.

O presidente da Mercedes-Benz no Brasil e CEO da América Latina, Jurgen Ziegler, é mais “agressivo” na quantia. “De 2011 a 2013, chegaremos ao investimento de R$ 1,5 bilhão”, anunciou. “Fabricamos 75 mil unidades por ano. Em 2012, será inaugurada a nova fábrica, em Juiz de Fora. A demanda é tanta que teremos três turnos de produção com mais de mil recentes contrações”, detalhou Ziegler.

O diretor executivo de Implementos e Veículos de Carga da Randon, Norberto Fabris, destaca as vantagens na evolução da malha ferroviária brasileira. “Entramos na área de vagões em 2004 e já temos 30% do mercado brasileiro. Foram mais de mil vagões comercializados em 2011”, informou Fabris.

Segundo ele, outros contatos já estão em andamento. “No Mato Grosso, já estamos querendo marcar presença para atender a demanda da ferrovia em implantação (Ferrovia Cetro-Oeste)”, finalizou.

Fonte: Folha de Pernambuco

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