Os projetos estruturadores em implantação no Brasil não devem trazer  transtornos ao sistema logístico rodoviário. Pelo menos, é o que acham os  grandes gestores das montadoras de transportes de cargas, principalmente  caminhões, com atuação no Brasil.
A maioria delas, inclusive, garante que investiram bastante no setor até este  ano. Para os próximos, divulgam, em mais de um caso, investimentos que passam de  R$ 1 bilhão.
A indústria naval, por exemplo, reaparece para tornar a logística de portos  brasileiros como a solução mais sustentável em médio e longo prazos. Só em  Pernambuco, quatro estaleiros anunciaram implantação no Complexo Industrial  Portuário de Suape.
E os novos navios devem colaborar para a marca de 30 mil toneladas de carga  movimentadas no Porto em 2013. Além disso, e no mesmo ano, a Ferrovia  Transnordestina chegará a Suape levando grãos e de onde entrarão contêineres e  cargas para todo o Nordeste.
Apesar disso, o diretor de Assuntos Corporativos da Ford América do Sul,  Rogelio Golfarb, acredita na soberania dos transportes terrestres em rodovias.  “Não só no Brasil o modal rodoviário deve continuar predominando. E por muito  tempo”, destacou. “Vemos no negócio de caminhões algo sustentável para a  logística”, pontuou, na semana passada, durante o Salão Internacional de  Transportes (Fenatran), que aconteceu até a última sexta-feira no Pavilhão de  Exposições do Anhembi, em São Paulo.
“Tanto acreditamos no segmento que, até 2015, investiremos R$ 455 milhões em  modernização da fábrica, aumento da capacidade e desenvolvimento de novos  produtos. Só para 2012, colocaremos 12 novos modelos no mercado, contemplando a  nova legislação para emissão de poluentes (Euro 5), que entra em vigor em  janeiro”, completou o presidente da Ford Brasil, Marcos de Oliveira.
O presidente da Mercedes-Benz no Brasil e CEO da América Latina, Jurgen  Ziegler, é mais “agressivo” na quantia. “De 2011 a 2013, chegaremos ao  investimento de R$ 1,5 bilhão”, anunciou. “Fabricamos 75 mil unidades por ano.  Em 2012, será inaugurada a nova fábrica, em Juiz de Fora. A demanda é tanta que  teremos três turnos de produção com mais de mil recentes contrações”, detalhou  Ziegler.
O diretor executivo de Implementos e Veículos de Carga da Randon, Norberto  Fabris, destaca as vantagens na evolução da malha ferroviária brasileira.  “Entramos na área de vagões em 2004 e já temos 30% do mercado brasileiro. Foram  mais de mil vagões comercializados em 2011”, informou Fabris.
Segundo ele, outros contatos já estão em andamento. “No Mato Grosso, já  estamos querendo marcar presença para atender a demanda da ferrovia em  implantação (Ferrovia Cetro-Oeste)”, finalizou.
Fonte: Folha de Pernambuco

 
 
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