sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Procura por caminhão supera alta do PIB

 
O aumento médio do PIB de 4,4% ao ano, de 2002 a 2010, fez a procura por caminhões para transporte de cargas aumentar 12% ao ano, no mesmo período, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto ILOS, especializado em logística.
 
A maior necessidade de caminhões prolonga a demora na entrega de novos modelos às transportadoras e aumenta também o tempo de espera para a contratação de serviços de carga.
 
Em alguns casos, empresas recorrem a ilegalidades, admitiu o diretor do ILOS, Paulo Fleury.
 
"Às vezes se põe motoristas para trabalhar 48 horas, ou se aumenta a capacidade do peso (acima do limite legal)", disse Fleury, na abertura do Fórum Internacional de Logística, ontem, no Hotel Intercontinental, em São Conrado, na zona sul do Rio.
 
Pesquisa feita pelo ILOS com entrevistas em cem empresas, entre as mil de maior faturamento, mostra que o transporte de cargas ainda é fundamentalmente feito por caminhão no Brasil.
 
O transporte por rodovia foi a única forma adotada por 26% delas. E outras 96% usam caminhões para escoar mais da metade da produção, de acordo com o ILOS.
 
O domínio do caminhão é confirmado em outra pesquisa, também do ILOS, sobre o custo da logística no faturamento das empresas.
 
O peso dos caminhões no total de carga transportada no país pouco variou de 2004 a 2010, passando de 66% a 68%. Nos Estados Unidos, a fatia que fica com o transporte rodoviário é de 28,7%, de acordo com o ILOS.
 
"Está faltando capacidade dos outros modais (meios de transporte), e o rodoviário acaba sendo a única opção para uma série de empresas", avaliou Maurício Lima, diretor de capacitação do ILOS e autor da pesquisa.
 
Dados de emplacamento e licenciamento de caminhões, registrados pela Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores) e pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos), comprovam a maior procura de caminhões apontada pelo ILOS.
 
Até agosto, o número chegou a 114.796. Em todo o ano de 2010, a quantidade total foi de 157.633.
 
Fonte: Folha.com

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