Em uma empresa o tempo é algo de muito valor, portanto saber como lidar com ele é essencial para a sobrevivência da companhia e de seus funcionários. Segundo a gerente de RH da Ticket, Edna Rodrigues Bedani, um dos maiores sugadores do tempo é a falta de um planejamento adequado ao cenário da empresa.
"Saber planejar e delegar é uma das competências essenciais para o profissional do Século XXI", completa. De acordo com Edna, planejar envolve analisar e definir o que precisa ser feito, como será feito e quando será feito, prazo x tempo disponível. Para se definir prioridades, tem que saber distinguir o que é importante e o que é urgente.
O Importante associa-se às tarefas que precisamos fazer e que têm prazo determinado. Já o Urgente, significa que ultrapassou o Importante, que o prazo já expirou.
"A maioria dos erros se concretiza quando consideramos o que é Importante como Urgente e deixamos de fazer o que é Urgente e comprometemos o resultado da entrega e da empresa".
Um dos erros mais frequentes cometidos pelos gestores, segundo a gerente, é a dificuldade de mapear o que está acontecendo no contexto organizacional em uma dimensão maior, ou seja, ter uma visão estratégica do contexto e compreender os fatos como eles realmente são. Segundo a gerente de RH, uma boa gestão de tempo requer mudança de hábitos e atitudes, a empresa precisa provocar, promover e apoiar a mudança e isso pode ser feito através de ações simples (veja quadro: Planejamento de processos), segundo ela.
O autoconhecimento também é um ponto importante para o caminho positivo da Gestão do Tempo. "Se a atividade faz sentido para você, com certeza irá desempenhá-la melhor e mais rápido. Desta forma, poderá dedicar mais tempo para aquelas que precisam ser feitas, mas que não são as que temos maior habilidade para fazer", ressalta Edna. Conhecer e aprender com o que não deu certo também é um ponto forte que tem de ser trabalhado. Assim como mapear os possíveis erros do acontecimento por meio de questionamentos.
"A importância de uma revisão contínua em tudo o que se tem realizado é imprescindível. Redefinir os objetivos e a forma de planejá-los, reavaliar as tarefas e o tempo dedicado a elas, bem como reformular os planejamentos adotados e hábitos que devem ser cotidianos também são passos a serem seguidos", destaca a gerente. Mas mudar os hábitos de toda uma empresa não é tarefa fácil, principalmente quando envolve o trabalho pessoal de cada colaborador.
Assim, só podemos considerar que uma empresa adquiriu e está implementando a gestão do tempo quando existem pessoas menos estressadas; as pessoas estão motivadas e satisfeitas com os procedimentos e processos; percebe-se um clima de cooperação e valorização da cultura e valores da empresa; e quando os objetivos estratégicos da empresa estão sendo cumpridos no prazo determinado, com qualidade e resultados financeiros rentáveis. "A qualidade de vida depende muito de um bom planejamento e controle do tempo, com foco na priorização de atividades e realizações", finaliza Edna.
FONTE: Revista SESCON-SP
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