sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Anda e para do trânsito reduz vida útil do carro


“Não dá para entender por que uma peça que tem vida útil de 20 mil quilômetros precisa ser substituída com uma rodagem bem menor do que essa”, desabafa o representante comercial Carlos Eduardo Souza, 25, que trocou discos e pastilhas de freio do seu Gol 2009 antes de o carro completar 15.000 km.

O problema é que o trajeto e a forma de conduzir o veículo são determinantes tanto para aumentar como para reduzir o período de troca de alguns componentes.

Quando o carro fica parado em longos congestionamentos diários, há o uso em condições severas de partes como embreagem, freios, sistema de arrefecimento e correias. Sem esquecer do alto consumo de combustível.

“O carro passa a ser vítima da quilometragem invisível, que é o tempo em que ele fica parado no trânsito com o motor em funcionamento”, diz o mecânico César Somos, da Mecânica do Gato.

Platô, disco e rolamento da embreagem são os itens que mais sofrem desgastes com o anda e para, porque são acionados constantemente nas trocas de marchas.

Um sintoma de desgaste do sistema de embreagem ocorre quando o motorista sente trepidação no pedal ao engatar a primeira marcha.

Antônio Carlos Bento, coordenador do Grupo de Manutenção Automotiva do Sindirepa, diz que a checagem do estado dessas peças evita surpresas desagradáveis.

“A consequência da quebra de uma peça é sempre mais custosa do que a sua substituição antecipada.”
Bento lembra que a vida útil da correia dentada também pode variar. Para evitar o rompimento, cheque suas condições e faça a substituição preventiva, se necessário.

“No trânsito pesado ou em cidades onde a correia é contaminada por terra e lama, a durabilidade é comprometida.”

Fonte: Folha.com, Por ROSANGELA DE MOURA

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