
Por Martha San Juan França
Quem acompanha o campeonato de Fórmula Truck, categoria de automobilismo composta de caminhões, deve saber que um dos patrocinadores do campeão de 2010, o piloto Roberval Andrade, é a Ticket Car, empresa de gestão de frotas responsável pelo controle de combustível de cerca de 6 mil empresas brasileiras.
A proposta da Ticket Car foi utilizar a competição para chamar a atenção para um novo produto que promete mobilizar fornecedoras de transporte e suas contratantes, que dependem de uma frota de automóveis, caminhões ou vans para desenvolver seus negócios.
Trata-se do Ticket Car Carbon Free, um produto aliado ao já existente Ticket Car Carbon Control, que informa as emissões de carbono da frota a partir do consumo de combustível e permite ações de compensação por meio de projetos socioambientais. As emissões da equipe de Andrade serão neutralizadas por meio de projetos de plantio de árvores em matas ciliares.
"As metas de redução de emissões tendem a se tornar obrigatórias e estamos saindo na frente numa atividade que tende a crescer no país", afirma Fernando Camejo, gerente de produtos Ticket Car. Ele explica que o Carbon Free ainda é uma ideia nova no setor, mas o Carbon Control, que existe há mais tempo, e permite o diagnóstico das emissões, já conta com a adesão de 80 empresas.
Serviço novo
Como a Ticket, outras empresas do setor de transporte já se movimentam para oferecer serviços de controle das emissões de carbono. A proposta visa auxiliar diferentes tipos de negócios a reduzir sua principal fonte de gases do efeito estufa, que, além de poluir, contribuem para as mudanças climáticas.
"Apesar da diversidade de veículos utilizados e produtos ou serviços entregues, os profissionais de gestão de frota estão enfrentando desafios semelhantes em torno dos veículos", afirma Roberto Strumpf, coordenador do Programa Brasileiro GHG Protocol, a metodologia mais aceita para o registro das emissões.
Em um país que depende principalmente do transporte rodoviário, o diesel, usado no transporte de carga, já responde por 53% das emissões de carbono dos veiculos, seguido pela gasolina, responsável por 26% das emissões, "a dificuldade é conseguir os dados com os fornecedores para contabilizar as emissões", diz Strumpf.
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FONTE: Brasil Econômico
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